ÍNDICE:
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA
4. O MITO
5. METODOLOGIA
6. PROCEDIMENTO METODOLOGICO
7. INSTRUMENTOS PARA COLETAR DADOS
7.1.QUESTIONÁRIOS
7.1.1.QUESTIONÁRIO DO PROFESSOR
7.1.2.QUESTIONÁRIO DO ALUNO
8. TRATAMENTO DOS DADOS
9. RESULTADOS, DISCUSSÕES
10. RECOMENDAÇÕES
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS
12. BIBLIOGRAFIA
ADOLESCENTES DE 14 A 19 ANOS E APRENDIZAGEM ESCOLAR: DIFICULDADES EMINETES
APRENDIZAGEM NO ENSINO MEDIO
1.INTRODUÇÃO
Toda estrutura educacional está organizada com a finalidade primeira de promover a aprendizagem e o desenvolvimento do ser humano. Isto justifica a constante preocupação de psicólogos e educadores como também de pesquisadores de outras áreas que se encontram comprometidos com a complexa natureza desses processos.
As transformações ocorridas na sociedade e o grande volume de informações, com essas transformações exigem da escola que ela seja mais que uma mera transmissora de conhecimentos. O aluno para atender a demanda da sociedade precisa ser formado para ser critico e criativo, não um mero reprodutor de informações.
A parte menos interessante da aprendizagem é a imitação. A mais gloriosa é a reconstrução, que implica saber escrever a própria história em meio a circunstâncias dadas, levando em conta a história dos outros, a realidade superveniente e as pressões de toda sorte (DEMO, 2000, p.151).
Se passar as informações de maneira mais construtiva representa um problema, a aprendizagem das mesmas representa um problema ainda maior.
O ensino escolar e a aprendizagem no mesmo constituem um problema na sociedade contemporânea, ainda mais serio, quando esta aprendizagem deve ocorrer no período da adolescência, no ensino médio.
Baseados nesta perspectiva, este projeto tratará da aprendizagem no ensino médio.
Segundo Piaget (1970) a capacidade de aprendizagem é intrínseca ao homem, este já nasce com seu potencial de conhecimento, cabendo ao educador ser instrumento de troca entre o aluno e o meio para desenvolver o potencial Maximo do aluno.
O conhecimento não pode ser concebido como algo predeterminado nem nas estruturas internas do sujeito, porquanto elas resultam de uma construção efetiva e contínua, nem nas características preexistentes do objeto, uma vez que elas só são conhecidas graças à mediação necessária dessas estruturas, e que estas, ao enquadrá-las, enriquecem-nos.
O conhecimento se constrói, portanto, na inter-relação entre o sujeito e o objeto; não existe um sujeito ou um objeto a priori, é na ação contínua que ambos se constroem e se transformam mutuamente e continuamente.
Para Piaget (1973), a construção do conhecimento se dá através do construtivismo, ou seja, exige uma interação entre o sujeito que conhece e o objeto que é conhecido.
Na teoria de Wallon a dimensão afetiva ocupa lugar central, como não acontece em nenhuma outra. Nela a afetividade constitui um domínio funcional tão importante quanto o da inteligência, desempenhando um papel fundamental na constituição e funcionamento dessa última e determinando os interesses e necessidades individuais. Afetividade e inteligência constituem, portanto, na sua concepção, um par inseparável na evolução psíquica, pois embora tenham funções bem definidas e diferenciadas entre si, são interdependentes em seu desenvolvimento, permitindo à criança atingir níveis de evolução cada vez maiores.
A afetividade não é apenas uma das dimensões da pessoa: ela é também uma fase do desenvolvimento, a mais arcaica. O ser humano foi, logo que saiu da vida puramente orgânica, um ser afetivo. Da afetividade diferenciou-se, lentamente, a vida racional. Portanto, no início da vida, afetividade e inteligência estão sincreticamente misturadas, com predomínio da primeira. (WALLON, p.90)
Segundo Galvão (2000), Wallon argumenta que trocas relacionais do individuo com os outros são fundamentais para o desenvolvimento da pessoa.
Cabe à educação, em cada um desses momentos, a satisfação das necessidades orgânicas e afetivas, a oportunidade para a manipulação da realidade e a estimulação da função simbólica, depois a construção de si mesmo. Esta exige espaço para todo tipo de manifestação expressiva: plástica, verbal, dramática, escrita, direta, ou indireta, através de personagens susceptíveis de provocar identificação. (DANTAS, 1992, p.95)
Assim, é fácil inferirmos a partir dessa afirmação que um processo de ensino aprendizagem limitado ao desenvolvimento de algumas poucas habilidades, exigidas socialmente, através de atividades curriculares, onde predominam as de caráter lógico matemático, intelectualista-pragmático, estaria apenas obstruindo inestimavelmente o desenvolvimento dos educados ao qual estão submetidos.
Vygotsky (1989) argumenta que a aprendizagem tem um papel fundamental para o desenvolvimento do saber, do conhecimento. Essa teoria apóia-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro. O conhecimento tem sua gênese nas relações sociais, sendo produzido na intersubjetividade e marcado por condições culturais, sociais e históricas.
Cada perspectiva aqui apresentada tem sua importância e a nosso ver se completam. O educador deve buscar desenvolver o potencial existente em cada aluno estimulando-o; (PIAGET 1970). O cognitivo não se isola do emocional (WALLON 1912); a aprendizagem é fruto de internalizações possíveis através do meio (VYGOTSKY 1989);
O adolescente está voltado para si mesmo, para as transformações que estão ocorrendo em seu corpo e as conseqüências que estas transformações implicam, se liga mais ao grupo do que à escola em si; aceita-a, seja por interesse, pela necessidade de uma certa autonomia ou em função de um espaço que possibilita novas amizades. Está mais concentrado em si, mais suscetível a ações e reações do meio para com sua auto-imagem e auto-estima.
A nosso ver, os conflitos típicos da adolescência são iguais e diferentes para cada individuo, iguais no que diz respeito ao fisiológico e diferentes no que diz respeito ao psicológico; cada um vê, vive e resolve estes conflitos de maneira singular.
A aprendizagem, em qualquer perspectiva, não ocorre sem, ao menos, uma curta dose de concentração e atenção. Como as escolas devem se portar para captar a atenção do aluno do ensino médio para a aprendizagem? Como este aluno deve proceder para ser capaz de absorver o conhecimento passado pela escola? Estas são algumas das indagações provenientes da problemática resultante da aprendizagem no ensino médio que buscaremos responder.
O problema ou a solução, para a aprendizagem no ensino médio está na conscientização e no respeito à individualidade de cada aluno. O professor não deve apenas se preocupar em ensinar o aluno, mais também a perceber o mesmo, tomando assim, conhecimento dos inibidores e dos motivadores da aprendizagem efetuado pelo aluno. A postura da escola é fundamental neste processo de aprendizagem.
2.OBJETIVO:
Identificar os inibidores e motivadores da aprendizagem dos alunos do ensino médio e a influência da escola em ambos. Identificar a posição dos alunos diante dos esforços da escola para ensinar.
3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
A escola no Brasil não é autônoma para determinar sua grade curricular, ela é controlada por leis e decretos.
Como meio socializador, a escola expande um conhecimento padronizado para que a sociedade tenha uma integração e organização maior. Aliás, este papel é muito importante, considerando-se que a sociedade atual tende a ser extremamente fragmentada pelas múltiplas ideologias que a compõe e dominam.
Ao padronizar o conhecimento a escola entra em um processo circular e se torna padronizada também. E como meio socializador, transforma e é transformada pelo social. Dadas as intensas mudanças sociais na atualidade e a sensível mudança no sistema escolar, a escola é um paradigma em crise.
Kuhn em sua obra A estrutura das Revoluções Científicas, define o termo paradigma:
(...) de um lado indica toda a constelação de crenças, valores, técnicas, etc. partilhadas pelos membros de uma comunidade de determinada. De outro, denota um tipo de elemento dessa constelação: as soluções concretas de quebra-cabeças que, empregadas como modelos ou exemplos, podem substituir regras explícitas como base para a solução dos restantes quebra-cabeças da ciência normal ( p.218).
Na educação formal brasileira, os valores e regras empregados não estão sendo condizentes com a realidade na atualidade, se tornando funcionais e questionáveis. O que exige mudanças no paradigma escolar.
Ao olharmos à nossa volta, deparamo-nos com um paradoxo presente no contexto educacional.Ao mesmo tempo em que maioria dos educadores concorda que o modelo tradicional de aprendizagem-ensino é inadequada para os novos tempos, ao entrarem em suas salas e fecharem suas portas, acabam traduzindo o modelo negado em ações que substanciam a sua prática.Nos discursos ouvidos e em estudos realizados, manisfestam-se contra as práticas fundamentadas no modelo tradicional, no entanto, apesar da difusão dos novos paradigmas, das novas tendências educacionais, os professores ainda não sabem agir diferente (PAROLIN e PORTILHO, 2003).
A padronização e a normatização das escolas atualmente, exigem do professor que sejam passadas um grande volume de informações em um tempo curto, proeza que o mesmo só consegue realizar adotando o modelo tradicional de educação, mesmo não concordando com o mesmo.Modelo esse, que muitas vezes, se mostra falho na expectativa de conversão de informações em conhecimento.
A escola em crise reflete na aprendizagem dos alunos, o que se agrava quando está ocorrendo em um período de grandes e suscetíveis conflitos em potencial, a adolescência.
Trataremos de definir a adolescência em suas diferentes perspectivas.
Etimologicamente, a palavra adolescência é derivada do verbo latino “adolescere” que significa crescer até a maturidade.
Segundo o que consta no livro: Teorias da Adolescência (Muus, Rolf, E. Interlivros, MG. 1974), existem alguns critérios quando se pensa na definição da adolescência: critérios sociológico, cronológico, fisiológico e psicológico.
Critério sociológico: adolescência é o período de transição da dependência infantil para a auto-suficiência adulta.
Critério cronológico: adolescência é o período que se estende de aproximadamente doze anos até vinte e um anos, com grandes variações individuais e culturais.
Critério fisiológico: adolescência é a etapa da vida compreendida entre a puberdade e a vida viril, quando o desenvolvimento físico está quase concluído, aproximadamente aos 20 anos.
Critério psicológico: período de extensa reorganização da personalidade, onde novos ajustamentos que distinguem o comportamento infantil do comportamento adulto têm que ser feitos.
A adolescência é um período de crises. Segundo Érickson (1976), a personalidade dos indivíduos é formada através de conflitos vivenciados em diferentes estágios da vida. Na adolescência o indivíduo vivencia o conflito identidade X confusão de papéis. Segundo Piaget (1970), na adolescência ocorre o estágio que propicia a abstração estrema de conhecimentos pelo indivíduo, o estágio das operações formais. A aprendizagem no ensino médio ao mesmo tempo em que é inibida pelos conflitos, é potencializada cognitivamente, o que gera uma ambigüidade na capacidade receptiva do adolescente. Segundo as teorias de aprendizagem citadas na introdução deste artigo, verificamos que aprendizagem ocorre de diferentes formas, mas em todas o indivíduo em questão é primordial na aprendizagem e esta envolve um certo grau de concentração e atenção. A escola é meio para que a aprendizagem ocorra. Pelo potencial cognitivo e pelos conflitos na adolescência, a aprendizagem pode ocorrer de maneira satisfatória, bem como de maneira não satisfatória. Utilizamos, aqui, o termo satisfatório não tendo como referência as notas, mas o desenvolvimento das capacidades cognitivas que propiciam a aprendizagem.
Cada indivíduo desenvolve sua lógica para a resolução dos problemas e para aprendizagem, de acordo com a configuração da sua percepção, o que coloca um fator individual nos mesmos. Em outras palavras, cada indivíduo utiliza sua lógica como um dos instrumentos principais para o concebimento da aprendizagem, tendo que ser esta compreendida pelo professor (ou outro profissional), através do diálogo e da escuta, antes de ser rejeitada ou aceita, sendo colocado argumentos que sustentem um ou outro, para auxiliar, de maneira fecunda e eficiente, o aluno na aprendizagem.
Todos os envolvidos na educação formal (crianças, professores, pais e administradores) contribuem para ela com suas próprias perspectivas, culturas,convicções e valores,utilizando tudo isso que ,em suma,constituem sua própria ‘visão de mundo’-além daquilo que adquirem da educação em si,para dar sentido a suas experiências e vidas (SPLITTER,1999,p.11).
Outro fato importante para a aprendizagem é conhecer a história do aluno, os conflitos e os problemas os quais está vivenciando. O que ele traz com sigo é importante por influenciar diretamente na aprendizagem, já que esta se dá através de concentração e atenção e os conflitos e problemas os usurpam do aluno.
Além dos fatores psicossociais, é importante que haja um rapport, um vínculo,entre professor e aluno para que este primeiro possa detectar o tipo de inteligência que seu aluno possui,podendo prestar uma assistência mais eficiente à este e o fazendo se sentir capaz e valorizado,como enfatiza Gardner(1994),de acordo com o seu tipo de inteligência.
Sendo assim, a postura da escola enquanto meio para que a aprendizagem ocorra e o seu grau de conhecimento sobre o aluno que, pelo acima citado, deve ser considerado de maneira individual, serão fatores imprescindíveis para que a aprendizagem no ensino médio ocorra de maneira satisfatória.
4-O MITO
O ser humano sempre teve a necessidade de compreender o mundo,até mesmo por instinto de sobrevivência:só mesmo através do conhecimento um ser tão frágil se torna forte suficientemente para sobreviver e dominar o mundo.
Em tempos remotos o homem se utilizou de mitos,baseados em crença,para compreender o mundo.Atualmente se baseia em ideologias,embasadas em raciocínio lógico,para compreender o mesmo.
Estamos inseridos em uma sociedade que exige constantes mudanças,o que a torna transitória.Em um sociedade transitória diferentes perspectivas atuam e embora a sociedade,atualmente,seja movida pelo raciocínio,a crença ainda reflete sobre a mesma.
No que concerne à educação,há um mito que professor é o detentor do conhecimento e tem que se mostrar hábil respondendo à todos os questionamentos que forem dirigidos à ele.
De acordo com o dicionário Michaelis (1998), professor é aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte ou uma língua.
Estamos em plena era digital, que produz e nos lança milhões de informações.Um pequeno chip é capaz de reter muito mais informações que o nosso cérebro.Para sermos melhores que chips, só mesmo sabendo construir conhecimento, sabendo pensar.Se formos competir utilizando o critério de memória, reprodução,seremos “derrotados” por uma mera criação.
Assim, o mito que diz que professor tem que saber tudo, não condiz com a realidade atual.
“Quanto mais aprendemos sobre o mundo,quanto mais profundo nosso conhecimento,mais específico,consciente e articulado será nosso conhecimento do que ignoramos -o conhecimento da nossa ignorância.Essa,de fato,é a principal fonte de nossa ignorância:o fato de que nosso conhecimento só pode ser finito,mas nossa ignorância deve necessariamente ser infinita”(POPPER,1982,p.59).
O papel do professor atualmente não é apenas passar informações, mas também fazer com que estas informações se transformem em conhecimento.Não é formar um “memorizador”,mas um “construtor”.Além do papel epistêmico, o professor assume o importante papel de educador.
“No mundo de hoje,a privação da educação é uma causa mortis inegável.Ninguém encontra lugar ao sol na sociedade do conhecimento sem flexibilidade adaptativa.O mundo se está transformando numa trama complexa de sistemas aprendentes”(ASSMANN,1998,pág.22).
Nesta perspectiva,o professor é levado :
A observar mais metodicamente os alunos,a compreender melhor seus funcionamentos,de modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada suas intervenções pedagógicas e as situações didáticas que propõe,tudo isso na perspectiva de otimizar as aprendizagens(PERRENOUD ,1999, p. 89).
O processo educacional deve ser uma “via de mão dupla”, pela qual professor e aluno deve circular e se respeitar mutuamente.É necessário, para tal, que o professor conheça o “veículo” que cada aluno utiliza para chegar ao conhecimento e os obstáculos presentes neste caminho.
O ensinar e o aprender se misturam, e para serem motivadores tem que ter um caráter prazeroso.
“Pedagogia é encantar-se e seduzir-se reciprocamente com experiências de aprendizagem” (ASSMANN, 1998, p.34).
Professor é o detentor do conhecimento e tem que se mostrar hábil respondendo à todos os questionamentos que forem dirigidos à ele,assim como aconteceu com outros mitos,a razão clama pela derrubada deste mito.
5.METODOLOGIA:
A pesquisa constitui-se de métodos qualitativos e quantitativos.
6.PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:
Faremos uma pesquisa na escola publica estadual que atende do ensino medio ao fundamental, no município de Dom Cavati/MG, com o intuito de corroborar ou rejeitar a hipótese proposta por nós e ao mesmo tempo colher dados qualitativos e quantitativos relacionados aos alunos do ensino médio e à escola.
Serão formados dois grupos focais, entendendo, aqui, como grupo focal um grupo formado pelos indivíduos em estudo, dotados das características que desejamos estudar. Assim, um grupo será formado por adolescentes que cursam o ensino médio e tem uma aprendizagem satisfatória e o outro grupo será formado por indivíduos, que também cursam o ensino médio, que não tem uma aprendizagem satisfatória.
O critério utilizado para classificar a aprendizagem em satisfatória e não-satisfatória, não será a nota alcançada nas avaliações. Entendemos que esta pode ser fruto da aprendizagem de terceiros e não do indivíduo em questão. Assim, o critério utilizado para esta classificação será a participação do aluno na aula e a demonstração de perícia ou imperícia na matéria estudada. Estes alunos serão escolhidos através da indicação de todos os professores do ensino médio da referida escola. Os alunos mais citados por eles, para um ou outro grupo, serão escolhidos para compor os grupos.
Cada grupo será composto por 15 (quinze) alunos (cinco alunos de cada série do ensino médio), totalizando 30 (trinta) alunos (10 de cada série).
Serão aplicados a estes grupos e à escola (entendendo por escola a diretora e os professores dos alunos em questão) questionários referentes aos inibidores e motivadores da aprendizagem e à postura da escola na mesma.
7.INSTRUMENTO PARA COLETAR DADOS:
Os instrumentos utilizados para coletar os dados serão questionários. Sendo um questionário para os alunos do ensino médio e um questionário para os professores.
7.1.QUESTIONÁRIOS:
7.1.1QUESTIONÁRIO (Professor)
A presente pesquisa tem como propósito analisar o processo avaliativo adotado pelos professores ao avaliarem os alunos da E.Eng.Amaro Ferreira Para tanto, solicitar sua colaboração respondendo ao seguinte questionário de forma clara e concisa.
1.Qual a sua formação?
( )Ensino fundamental completo
( )Ensino fundamental incompleto
( )Ensino médio completo
( )Ensino médio incompleto
( )Ensino superior completo
( )Ensino superior incompleto
( )Pós-Graduação. Qual?.....................................
2.Qual a sua atividade profissional ?
( )Estuda
( )Ensina
( )Estuda e ensina
( )Outra atividade. Qual?...............................
3.Quantas horas aulas você ministra por semana ?
4.Qual a relação com seu trabalho ?
( )Satisfeito
( )Insatisfeito
( )Nem satisfeito/Nem insatisfeito
5. Como você define os conteúdos para realizar a avaliação?
( )A cada conteúdo
( )A cada unidade
( )A cada semana
( )A cada mês
( )A cada bimestre
( )Diariamente
6.Para que você aplica provas escritas?
( )Para cumprir as normas da escola
( )Para verificar a aprendizagem
( )Para avaliar a metodologia aplicada
( )Para diagnosticar as dificuldades dos alunos
7.Qual o tipo de prova escrita que você costuma aplicar ?
( )Objetiva
( )Subjetiva
( )Objetiva e subjetiva
8.Para que serve a avaliação realizada na sala de aula?
( )Para atribuir notas
( )Para verificar a aprendizagem
( )Para criar alunos fracassados
( )Para avaliar o conhecimento do aluno
( )Para avaliar a metodologia aplicada
9.No momento em que você avalia o aluno da E...., que aspectos leva em consideração?
( )Participação
( )Assiduidade
( )Pontualidade
( )Interesse
( )Só a verificação dos conteúdos
( )Outro. Qual?...................................
( )Freqüência
( )Aprendizagem
10.Quais os instrumentos você utiliza para avaliar seus alunos?
( )Provas orais
( )Provas escritas
( )Seminários
( )Trabalhos em grupo
( )Atividades diárias
11.Qual o principal problema da avaliação ?
( )Por que é usada para punir
( )Por que classifica os alunos
( )Por que condiciona os alunos a nota
( )Por que desestimula os alunos e cria fracassados
12.Que função ou finalidade você atribui a avaliação ?
( )Para obter resultados
( )Para melhorar a sua atuação
( )Para verificar a aprendizagem
( )Para diagnosticar as dificuldades
13.O que você acha que deveria ser mudado na avaliação?
( )Os instrumentos utilizados
( )A função de atribuir nota
( )A sua finalidade
( )o seu desenvolvimento
14. Existe correlação ao nível comportamental, entre o aluno “bem sucedido” e o “mal sucedido’”? Justifique:
8.1.2.QUESTIONÁRIO (Aluno)
A presente pesquisa tem como propósito analisar o processo avaliativo adotado pelos professores ao avaliarem os alunos da E.Eng.Amaro Ferreira Para tanto, solicito sua colaboração respondendo ao seguinte questionário de forma clara e concisa.
1.Que idade você tem ?
( )Entre 13 e 18 anos
( )Entre 18 e 25 anos
( )Entre 35 e 45 anos
2.Qual o seu sexo?
( )Feminino ( )Masculino
3.Você trabalha?
( )Sim ( )Não
4.Qual o horário que você trabalha ?
( )Manhã ( )Tarde ( )Manhã e tarde
5. Você acha que os professores são justos ao avaliá-lo?
( )Não ( )Sim ( )Às vezes Porque?
6. Para você, para que serve a avaliação realizada em sala de aula?
( )Para criar fracassados
( )Para atribuir notas
( )Para verificar a aprendizagem
( )Para diagnosticar as dificuldades
7.Para você qual a importância da nota?
( )Serve para quantificar
( )Serve para classificar
( )Serve motivar
( )Serve para aprovar/reprovar
( )Para cumprir uma norma da escola
8.Como você gostaria de ser avaliado?
( )Com provas escritas
( )Com provas orais
( )Com seminários
( )Com atividades em grupo e diárias
9.Como você queria que fosse a ação de seu professor na avaliação ?
( )Que o professor levasse em conta a participação
( )Que o professor levasse em conta o interesse
( )Que realiza-se mais trabalhos em grupo
( )Que só realiza-se provas escritas
( )Que não permita atrasos na entrega das atividades
( )Que realizasse menos provas
( )Que entendesse as dificuldades e suas diferenças
10.Você concorda com os instrumentos que seus professores utilizam para realizar a avaliação? Por quê?
11.Você acredita que a avaliação escolar é importante? Justifique sua resposta.
12.A maneira do professor repassar os conteúdos ajuda na aprendizagem dos alunos ?
( )Sempre ( )Ás vezes ( )Raramente ( )Nunca
13.As aulas ministradas pelo professor despertam o interesse do aluno?Explique.
( )Sempre ( )Ás vezes ( )Raramente ( )Nunca
14.Os conteúdos ministrados em sala de aula estão de acordo com a realidade dos alunos ?
( )Sim ( )Não ( )Raramente ( )Nunca
8.TRATAMENTO DOS DADOS:
As informações obtidas através de cada um dos questionários serão analisadas individual e coletivamente, a fim de obtermos informações mais precisas e generalizadas.
9.RESULTADOS, DISCUSSÃO.
Antes de discutirem sobre o resultado dos questionários aplicados à professores e alunos, para maior entendimento, esclarecimentos alguns dados, o resultado é dado em porcentagem e não em números de indivíduos. Esta porcentagem é baseada no numero de alunos que são 30 ou no numero de professores que são 5.
Observamos através dos resultados do questionário dos professores que os mesmos são bem preparados, tecnicamente falando, sendo que 60% são pós graduados, não tendo, não tendo uma carga de trabalho exaustiva, o que pode impulsionar seu desempenho no trabalho, no entanto, a grande maioria, 80%, se mostram indiferentes na relação com seu trabalho, não estando satisfeitos e nem estando insatisfeitos com o mesmo.
Os professores foram unânimes quanto a definição do conteúdo para a avaliação, todos os definem diariamente.
Os professores em sua maioria dizem aplicar provas para diagnosticar as dificuldades dos alunos, relatando que a prova não deveria ter a finalidade única de atribuir notas, para o não condicionamento da nota.
80% do professores utilizam, a prova escrita para avaliar seus alunos e de maneira unânime, dizem existir correlação ao nível comportamental entre o aluno “bem sucedido” e o “aluno mal sucedido”. Sendo que 60% do professores afirmam que esta correlação está na disciplina. Os alunos “bem sucedidos” são disciplinados, enquanto os alunos “mal sucedidos” são mal disciplinados, outros 20% dos professores afirmam que a correlação está no empenho: enquanto os alunos “bem sucedidos” apresentam grande empenho e os “maus sucedidos” apresentam ausência de empenho. Outros 20%, restantes dos professores afirmam que a correlação está no estima: os “bem sucedidos” apresentam auto estima e os “mal sucedidos” apresentam baixo estima, pensamos, que neste presente trabalho que aqui se encontram a fonte das respostas que buscamos para saciar as perguntas lançadas neste trabalho.
Metade dos alunos que participaram desta pesquisa, têm a idade de 16 anos. E 70% dos mesmos não trabalham e podem se dedicar mais aos estudos.
Apenas 63,3% dos alunos disseram que a avaliação realizada em sala de aula serve para verificar a aprendizagem. Quanto a importância das notas, 40% dos alunos pensam que as mesmas são importantes para aprovar ou reprovar e 36,6% entendem que as notas são importantes para motivar.
Talvez esteja nestes 36,6% a correlação entre um aluno “bem sucedido” e o “mal sucedido” a motivação. Os professores citaram como correlação a disciplina. O empenho e a estima, em níveis opostos. Podemos pensar aqui, na motivação como correlação geral, também em níveis opostos, que influenciará na disciplina, no empenho e na estima.
86,6% dos alunos responderam que gostariam de ser avaliados com atividades em grupo e diárias, no entanto 80% dos professores responderam que os avaliam unicamente, com provas escritas, mesmo 100% dos professores definindo os conteúdos para realizar a avaliação diariamente.
50% dos alunos queriam que os professores entendessem as dificuldades e suas diferenças. Pensamos, que com esta compreensão veria maior motivação que poderá ser a diferença entre um aluno “bem sucedido” e um aluno “mal sucedido”.
Mesmo apenas 10% dos alunos desejando ser avaliados por provas escritas, 60% dos mesmos concordam com os instrumentos utilizados por seus professores para realizar a avaliação, o que em 80% dos casos é a prova escrita.
Para 70% dos alunos o maneira utilizada pelo professor para repassar o conteúdo contribui às vezes, e para 76,6% dos alunos as aulas ministradas pelo professor frequentimente despertam o interesse. Talvez estas porcentagens convergem sob o método utilizado pelo professor que pode nem sempre ajudar o aluno porque nem sempre desperta o interesse do mesmo.
Para 53,3% dos alunos os conteúdos ministrados em sala de aula raramente estão de acordo com a realidade dos mesmos, o que pode também afetar sua motivação.
Na discussão envolvemos alguns aspectos que pensamos ser relevantes. Todos os outros aspectos coletados com a aplicação dos questionários se encontram nos gráficos inseridos no resultado e estão disponíveis neste trabalho para possíveis consultas.
10.RECOMENDAÇÕES:
A pesquisa aplicada neste presente trabalho foi realizada em uma escola estadual e para alguns alunos e professores.
Recomenda-se que aplique os questionários em mais escolas para a expansão das amostras e a comparação entre as mesmas, levantando maior números de variáveis para a conseguinte, corroboração ou desconsideração das mesmas. Proporcionando assim uma maior generalização das informações coletadas pelo trabalho.
11.CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O fato de a maioria dos professores se mostrarem satisfeitos ou não, em relação ao seu trabalho, pode resultar em uma indiferença e influenciar em sua motivação com o mesmo.
Apesar dos professores serem tecnicamente bem preparados, funcionalmente este fato pode se reverter. Há professores bem preparados para lecionar uma determinada disciplina e, para preencher cargo vago, lecionam também uma outra matéria. O que pode ser fonte de desmotivação tanto para o professor que pode não se sentir apto para lecionar uma determinada matéria, influenciando em sua estima, quanto para o aluno que pode perceber a falta de aptidão do professor e se prejudica com o mesmo.
Ao observar determinados gráficos nos resultados, percebemos que há uma certa incoerência entre algumas respostas, talvez sejam causadas pela transição pela qual o sistema educacional está passando, o atual sistema está entre o que era e o que será. Os professores sentem a necessidade de mudar suas posturas, mais são impedidos pelas normas do antigo sistema educacional que lentifica o surgimento do futuro sistema, apesar da necessidade ser gigantesca.
Tanto as normas do sistema que rege a educação quanto a postura do professor podem motivar os alunos, podendo ser também fonte de desmotivação, inibindo a aprendizagem do mesmo.
A motivação é a divisória entre um aluno “bem sucedido” e um aluno “mal sucedido”. Por motivação podemos entender diferentes aspectos de acordo com o contexto no qual o aluno está inserido. No caso dos alunos pesquisados, observamos dois aspectos para motivação: a nota, que forma um processo circular em conjunto com a motivação, e a compreensão das dificuldades e diferenças que também podem influenciar na nota.
O ideal seria a escola buscar saber como poderá motivar o aluno e compreender as dificuldades e diferenças do mesmo. Mais muitas escolas se encontram perdidas em meio a este processo de transição sistêmica e assistem passivamente a evolução ou fracasso do aluno, pois são impedidas pelo antigo sistema, através de suas normas, de agir.
Muitos alunos se encontram condicionados pelo sistema educacional e se auto limitam, outros reconhecem a limitação do sistema e vão alem do limite imposto pelo mesmo; mais uma vez entre a questão as diferenças. As diferenças não devem ser julgadas, mais entendidas gerando informações que podem contribuir com o esperado futuro sistema educacional.
12.BIBLIOGRAFIA:
Zaia Brandão. A crise dos paradigmas e a educação. Edição 8
Papalia, E.D. e Olds, S.W. (2000). Desenvolvimento físico e cognitivo na adolescência Em: Papalia, E.D. e Olds, S.W. Desenvolvimento humano. 7. ed. (pp. 491-519). Porto Alegre.
CINTED-UFRGS Novas Tecnologias na Educação
Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky a relevância do social (1998) Isilda Capaner Palangana Editora: Summus editorial
Piaget (1970): 1.(1973)
Wallon, (p.90)
Galvão (2000)
Dantas (1992, p.95)
Vigotsky (1989)
Kuhn obra: estruturas das revoluções cientificas (p218)
Livro: Teorias da Adolescência (Muus, Rolf,, MG 1974)
Erickson (1976)
Portilho, Evelise Maria Labatut e Almeida, Siderly do Carmo Dahle de; Avaliando a aprendizagem e o ensino com pesquisa no Ensino Médio; Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n. 60, p. 469-488, jul./set. 2008.
DEMO, 2000, p.151
PAROLIN e PORTILHO,2003
SPLITTER,1999,p.11
POPPER,1982,p.59
ASSMANN,1998,pág.22; ASSMANN, 1998, p.34
PERRENOUD ,1999, p. 89
Apesar dos professores serem tecnicamente bem preparados, funcionalmente este fato pode se reverter. Há professores bem preparados para lecionar uma determinada disciplina e, para preencher cargo vago, lecionam também uma outra matéria. O que pode ser fonte de desmotivação tanto para o professor que pode não se sentir apto para lecionar uma determinada matéria, influenciando em sua estima, quanto para o aluno que pode perceber a falta de aptidão do professor e se prejudica com o mesmo.
Ao observar determinados gráficos nos resultados, percebemos que há uma certa incoerência entre algumas respostas, talvez sejam causadas pela transição pela qual o sistema educacional está passando, o atual sistema está entre o que era e o que será. Os professores sentem a necessidade de mudar suas posturas, mais são impedidos pelas normas do antigo sistema educacional que lentifica o surgimento do futuro sistema, apesar da necessidade ser gigantesca.
Tanto as normas do sistema que rege a educação quanto a postura do professor podem motivar os alunos, podendo ser também fonte de desmotivação, inibindo a aprendizagem do mesmo.
A motivação é a divisória entre um aluno “bem sucedido” e um aluno “mal sucedido”. Por motivação podemos entender diferentes aspectos de acordo com o contexto no qual o aluno está inserido. No caso dos alunos pesquisados, observamos dois aspectos para motivação: a nota, que forma um processo circular em conjunto com a motivação, e a compreensão das dificuldades e diferenças que também podem influenciar na nota.
O ideal seria a escola buscar saber como poderá motivar o aluno e compreender as dificuldades e diferenças do mesmo. Mais muitas escolas se encontram perdidas em meio a este processo de transição sistêmica e assistem passivamente a evolução ou fracasso do aluno, pois são impedidas pelo antigo sistema, através de suas normas, de agir.
Muitos alunos se encontram condicionados pelo sistema educacional e se auto limitam, outros reconhecem a limitação do sistema e vão alem do limite imposto pelo mesmo; mais uma vez entre a questão as diferenças. As diferenças não devem ser julgadas, mais entendidas gerando informações que podem contribuir com o esperado futuro sistema educacional.
12.BIBLIOGRAFIA:
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CINTED-UFRGS Novas Tecnologias na Educação
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Portilho, Evelise Maria Labatut e Almeida, Siderly do Carmo Dahle de; Avaliando a aprendizagem e o ensino com pesquisa no Ensino Médio; Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 16, n. 60, p. 469-488, jul./set. 2008.
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ASSMANN,1998,pág.22; ASSMANN, 1998, p.34
PERRENOUD ,1999, p. 89
AUTORAS:
Fernanda Levindo
Luana Maria
Maria das Graças
Maria de Lurdes de Souza
Neidmar Chaves Leite Lopes
Tamires Santana.
PROFESSOR E ORIENTADOR:
Ricardo Aguiar